Em 18 de outubro, os EUA removeram as restrições comerciais à Venezuela, o que poderia aliviar o aperto no suprimento de petróleo bruto.
No entanto, o impacto provavelmente será limitado a curto prazo, já que a produção do país ainda é uma fração do que foi no passado.
O recente conflito entre Israel-Hamas adicionou outro fator de volatilidade ascendente à curva de backwardation do petróleo bruto.
A Venezuela é o país com as maiores reservas de petróleo do mundo, com cerca de 300 bilhões de barris segundo dados da OPEP, equivalente a 17% das reservas mundiais. No entanto, a produção de petróleo do país vem caindo desde 2014, por conta das turbulências políticas e econômicas que o país enfrenta.
Além disso, é fundamental ressaltar o papel desempenhado pela PDVSA (Petróleos de Venezuela, S.A.), a empresa nacional de petróleo e gás, que é responsável por 90% da produção de hidrocarbonetos no país. Essa gigante petrolífera abrange atividades que englobam exploração, produção, refino, além de expandir sua atuação para logística e infraestrutura.
Em 2015, os Estados Unidos impuseram sanções econômicas à Venezuela com o objetivo de pressionar o governo do país a realizar reformas democráticas. Essas sanções tiveram como consequência uma significativa redução na produção e exportação de petróleo.
Nos últimos anos, a PDVSA enfrentou desafios significativos devido a uma série de fatores, como má gestão e crise econômica e social no país. Como consequência, a produção de petróleo da Venezuela caiu drasticamente, e a PDVSA perdeu muito da sua capacidade.
A remoção das sanções americanas ao Irã é um fator positivo para um mercado em déficit e rodeado de incertezas, mas o país ainda tem um longo caminho a percorrer para se tornar uma solução para a falta de petróleo no balanço global.
