No complexo energético, uma das instituições mais importantes é a OPEP+, cujas decisões podem afetar os preços das principais referências de petróleo, como WTI e Brent. Consequentemente, sinais de discórdia entre seus membros criam uma turbulência significativa no mercado.
No entanto, é improvável que o grupo não chegue a um consenso, pois a ação conjunta dos países membros tende a beneficiar a todos com preços mais altos, o que é importante para os países altamente dependentes da receita do petróleo.
A perspectiva de 2024 para as commodities de energia, embora melhor que a de 2023, continua bastante desafiadora. Apesar da possibilidade de cortes nas taxas de juros até o final do primeiro semestre do próximo ano, o atual nível restritivo pode levar a economia americana a uma atividade menor. Ainda, a Europa está à beira de uma recessão, e a China tem importado mais petróleo do que o realmente necessário.
Além disso, a troca de reféns entre o Hamas e Israel, uma medida humanitária significativa, trouxe uma sensação de alívio às tensões na região cercada por países produtores de petróleo. Isso reduz os riscos de interrupções no fornecimento de petróleo através do Estreito de Ormuz ou do Irã.
Do ponto de vista dos países produtores e exportadores de petróleo, será fundamental dar suporte aos preços, já que, no momento, há poucos fundamentos do lado da demanda para sustentar aumentos maiores. Portanto, é necessário tomar medidas do lado da oferta, ou seja, em outras palavras, cortes da OPEP+.