Neste relatório, vamos revisar as últimas atualizações sobre a safra brasileira de 24/25. Com o intuito de focar nas principais regiões, destacaremos os ajustes no Sul de Minas Gerais, Zona da Mata e Espírito Santo.
O Sul de Minas Gerais (SMG) mostra uma maior uniformidade na precipitação entre as cidades analisadas, com uma dispersão média de 4% entre os três pontos. No entanto, apesar da melhoria na precipitação (com o valor acumulado acima da média, indicando progresso em comparação com os últimos 3 anos), outros fatores impactaram o crescimento do volume de produção na região.
Com níveis semelhantes aos de 2020, especialmente no segundo semestre do ano, 2023 registra temperaturas médias mais altas no geral na região Sul de Minas. Isso afetou a cobertura foliar, que está abaixo do nível adequado, e consequentemente, impactou a produtividade. Portanto, nossa estimativa para a região foi alterada de 19,35 milhões de sacas para 17,93 milhões de sacas (dentro da faixa de 17,22 milhões de sacas).
Ao contrário do SMG, a Zona da Mata mostrou uma maior dispersão de precipitação entre os pontos analisados.
A região também registrou temperaturas diárias mais altas, embora não em níveis historicamente altos em todas as áreas, como observado no SMG. Uma boa cobertura foliar também contribuiu para a proteção contra danos mais significativos. Portanto, ajustamos os números da Zona da Mata, mais próximos do limite superior das estimativas, passando de 8,4 milhões de sacas para 9,93 milhões de sacas.
Regiões específicas contribuem para a dispersão da precipitação no Espírito Santo, mas a perspectiva geral é otimista. Apesar do volume acumulado abaixo da média em algumas áreas, especialmente após os volumes registrados em outubro, a falta de uniformidade da precipitação atualmente não representa uma ameaça para a produção deste ano.
O cenário de temperatura no Espírito Santo está acima da média, mas não representa riscos imediatos. Ficando aquém dos registros nos dados históricos de 20 anos, as regiões estão experimentando temperaturas mais altas - resultado do El Niño, como em outras áreas - mas não há ameaças imediatas à produtividade no momento. Consequentemente, o número foi revisado para cima, para 22,91 milhões de sacas (incluindo arábica e robusta).
Ao lado de outros ajustes menores, nossa figura para arábica para 24/25 passou de 47,63 milhões de sacas para 48,31 milhões de sacas, e conilon de 23,28 milhões de sacas para 25,93 milhões de sacas.
Como resultado, com a revisão dos números do Brasil, espera-se que a perspectiva de Oferta e Demanda (S&D) mostre um superávit. O ponto médio do balanço global passou de -1,03 milhão de sacas para +3,38 milhões de sacas em 24/25, com potencial para alcançar 6,38 milhões de sacas na faixa superior das estimativas, considerando uma revisão da produção total de 180,5 milhões de sacas para 184,9 milhões de sacas.