
Açúcar sofre impactos indiretos das tarifas dos EUA
Açúcar sofre impactos indiretos das tarifas dos EUA
- A semana passada foi dominada pela expectativa e pelas consequências do "Dia da Libertação" de Trump
- As expectativas do mercado em relação ao anúncio das tarifas dos EUA interromperam o apoio que o açúcar encontrou nos números ruins da moagem de março da Índia, levando a uma maior volatilidade e fazendo com que os preços do açúcar caíssem quase 2,5% na quinta-feira.
- No final da sexta-feira, o açúcar fechou em 18,84c/lb, com um forte nível de suporte vindo da arbitragem de importação chinesa.
- As novas tarifas tiveram um impacto mínimo sobre o fluxo do açúcar, já que o Canadá e o México estão isentos e espera-se que as cotas TRQ comecem a pagar novas tarifas, aumentando a vantagem do México.
- As preocupações com uma possível recessão nos EUA e com o aumento da inflação estão pressionando o dólar, aumentando o poder de compra de outras moedas, enquanto a nova safra brasileira está se aproximando, prometendo aliviar a pressão de disponibilidade no curto prazo e limitar os aumentos de preços.
Na semana passada, tudo se resumiu à expectativa e às consequências do "Dia da Libertação" de Trump. Os traders estavam cautelosos, e vimos uma modesta recuperação nos preços do açúcar na terça-feira, após os resultados fracos da moagem de março na Índia. No entanto, esse suporte foi interrompido pelas expectativas do mercado em relação ao anúncio das tarifas dos EUA, que levou a uma maior volatilidade nos mercados que ainda estavam abertos na quarta feira, como o de energia e o de Moedas e impactou os preços do açúcar na quinta-feira
No final da quinta-feira, o petróleo bruto havia caído mais de 7%, acompanhado por uma tendência de queda do dólar americano e das ações globais. O real e outras moedas se valorizaram em comparação com o índice do dólar, enquanto o açúcar sofreu um impacto significativo, caindo quase 2,5% durante a sessão. No final da sexta-feira, o açúcar fechou em 18,84c/lb. É importante observar que o açúcar tem um forte nível de suporte devido à arbitragem das importações chinesas. Como os preços se aproximaram de 18,7 c/lb, a arbitragem de importação em regiões não produtoras pode ter aberto, ajudando o açúcar a não registrar reduções mais fortes.
Figura 1: Índice de variação semanal de commodities (31 de março = 100)

Fonte: Refinitiv, Hedgepoint
Figura 2: Normalmente, o México é responsável pela maior parte das importações dos USA

Fonte: Departamento de Comércio dos EUA
Figura 3: Índice de variação semanal de moedas (31 de março = 100)

Fonte: Refinitiv, Hedgepoint
Figura 4: EUA: Novas tarifas - Mercado de açúcar

Fonte: Refinitiv, Hedgepoint
Em resumo
A semana passada foi marcada pela expectativa e pelas consequências do "Dia da Liberação" de Trump. As expectativas do mercado em relação ao anúncio das tarifas dos EUA interromperam o apoio que os preços do açúcar receberam do fraco mês de março na Índia. No final da quinta-feira, o petróleo bruto havia caído mais de 7%, o dólar americano e as ações globais também estavam em baixa, e os preços do açúcar caíram quase 2,5%, fechando em 18,84c/lb na sexta-feira. As novas tarifas tiveram um impacto mínimo sobre o fluxo do açúcar, já que o Canadá e o México estão isentos e espera-se que as cotas TRQ comecem a pagar as novas tarifas - embora esta última permaneça bastante incerta, já que o programa não foi explicitamente mencionado. As preocupações com uma possível recessão nos EUA e com o aumento da inflação estão pressionando o dólar, aumentando o poder de compra de outras moedas. A nova safra brasileira está se aproximando, prometendo aliviar a pressão sobre a disponibilidade no curto prazo e limitar os aumentos de preços.
Relatório Semanal — Açúcar
Escrito por: Lívea Coda
livea.coda@hedgepointglobal.com
Revisado por: Carolina França
carolina.franca@hedgepointglobal.com
www.hedgepointglobal.com
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