Nov 9 / Alef Dias e Pedro Schicchi

Relatório Mensal Pós-WASDE - 2023 11 09

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"Resultados do relatório do USDA de novembro."

Soja: 

Figura 1: Soja EUA – Estoque Final (bu/ac)

Fonte: USDA, Bloomberg, hEDGEpoint

A principal mudança no balanço da soja foi o aumento da produção nos EUA. Embora a mudança tenha sido pequena, levou a estoques próximos do limite superior das especativas. Com a mudança, a produção mundial chegaria pela primeira vez a 400M ton.
A América do Sul permaneceu em sua maior parte inalterada. Porém, como os preços têm subido devido ao clima adverso no Brasil, é provável que o mercado preste menos atenção aos números do USDA durante os próximos meses.

A notícia altista veio da China. Com alterações no balanço da safra antiga (22/23), o estoque de passagem do país foi reduzido em 3M ton, levando a estoques mundiais ligeiramente menores.

Milho: 

Figura 2: Milho EUA – Estoque Final (M bu)

Fonte: USDA, Bloomberg, hEDGEpoint

No milho, o USDA também aumentou a produção, que agora está prevista em impressionantes 387M ton (15,2B bu), um recorde para o país. Em resposta, todas as linhas de demanda foram aumentadas. Os balanços da América do Sul, mais uma vez, permaneceram praticamente os mesmos.

No entanto, a produção e exportação da Ucrânia foram aumentadas dados os resultados da colheita e o maior fluxo observado em Odessa desde o início do "corredor ucraniano“ de exportação.

Os estoques mais elevados tanto nos EUA como no Mar Negro conduziram os estoques mundiais para o limite superior do intervalo esperado – 315M ton, próximo da estimativa mais alta.

Trigo:

Figura 3: Trigo Mundo – Estoque Final (M ton)

Fonte: USDA, Bloomberg, hEDGEpoint

Do lado do trigo, o aumento da produção da Rússia foi a maior surpresa do relatório. Embora as consultorias locais já estivessem apontando para uma safra de +90M mt, o atraso no ajuste dos números da safra 22/23 deixou os analistas céticos quanto a um ajuste relevante em 23/24.

Com uma oferta adicional de 5M mt na Rússia, os cortes na Argentina (-1,5M mt) e na Índia (-2,95M mt) apenas compensaram o impacto nos estoques mundiais, mas não os apertaram, como era esperado.

Os estoques finais dos EUA também ficaram mais folgados do que o esperado, uma vez que as exportações foram mantidas inalteradas, enquanto as importações aumentaram e o uso para alimentos foi reduzido – a utilização na moagem entre Julho-Setembro foi o menor para o trimestre desde pelo menos 2014.
Legenda dos Gráficos

Report Semanal — Grãos

Escrito por Alef Dias
alef.dias@hedgepointglobal.com


Escrito por Pedro Schicchi
pedro.schicchi@hedgepointglobal.com

Revisado por Thaís Italiani
thais.italiani@hedgepointglobal.com

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