Relatório Semanal Açúcar e Etanol - 2024 05 06
Maior oferta, demanda fraca: onde está o piso?
- O contrato de maio fechou em 19,72 c/lb em sua última seção. Foram entregues 1,67 Mt, um aumento de 73% em relação à média de oito anos, sendo o Brasil o maior fornecedor.
- O contrato futuro de julho não conseguiu atingir os níveis de preços de maio devido aos altos volumes de entrega e ao sentimento de risco macroeconômico mais amplo, com a força do dólar, quedas nos mercados acionários e quedas nos preços das commodities.
- Apesar dos relatos de que a Índia e a Tailândia enfrentam desafios em seus setores de açúcar, o impacto no mercado foi limitado devido à oferta maior do que a esperada e ao enfraquecimento da demanda, principalmente do principal importador, a China, que reduziu as importações em meio ao aumento da produção doméstica.
- Como os preços caíram abaixo dos principais níveis de arbitragem de importação, a demanda diminuiu, afetando as perspectivas de recuperação dos preços do açúcar. Prevê-se que os níveis de arbitragem de importação mudarão, sinalizando potencialmente um novo suporte e uma nova faixa de preço para o açúcar, dependendo das necessidades e dos custos do mercado global.
A semana começou com negociações ativas antes da entrega do contrato de maio. Na segunda-feira, a empolgação do mercado cresceu devido a rumores sobre a decisão do governo paquistanês quanto a cota de exportação, o que aumentou a complexidade, já que uma possível negação levou os preços a um momentum de leve alta, em conflito com a tendência observada na semana anterior. No entanto, na terça-feira, houve uma forte correção de preços depois que a Associação das Usinas de Açúcar do Paquistão refutou os relatos sobre a recusa da cota de exportação do governo para 23/24. Juntamente com esses rumores, o mercado já esperava uma entrega robusta, com, pelo menos 1 Mt, sendo entregue. Consequentemente, o açúcar bruto não teve o suporte esperado por alguns traders. No final, um total de 1,67 Mt foram entregues, um aumento de 73% em relação à média de oito anos, com o Brasil sendo o maior fornecedor.
Figura 1: Açúcar bruto - entregas de maio ('000t)
Fonte: Ice, Hedgepoint
Figura 2: Comportamento do contrato de maio do açúcar bruto desde a expiração de março (c/lb)
Fonte: Refinitiv, Hedgepoint
Do outro lado da equação, a demanda parece estar mais fraca.
Figura 3: Importações totais - China ('000t - exc. xarope e contrabando)
Fontes: CSA, Refinitiv, Greenpool, GSMM, Hedgepoint
Figura 4: Principais paridades do mercado de açúcar (c/lb)
Fontes: Refinitiv, Bloomberg, Hedgepoint
Em resumo
O contrato de julho não conseguiu atingir os níveis de preços de maio devido ao alto volume de entrega e ao sentimento de risco macro mais amplo, com a força do dólar, quedas nos mercados acionários e quedas nos preços das commodities. Apesar dos relatos de que a Índia e a Tailândia enfrentam desafios em seus setores açucareiros, o impacto no mercado foi limitado devido à oferta maior do que a esperada e ao enfraquecimento da demanda, principalmente do principal importador, a China, que diminuiu as importações em meio ao aumento da produção doméstica. Como os preços caíram abaixo dos principais níveis de arbitragem de importação, a demanda diminuiu, afetando as perspectivas de recuperação dos preços do açúcar. Prevê-se que os níveis de arbitragem de importação mudarão, sinalizando potencialmente um novo suporte e uma nova faixa de preço para o açúcar, dependendo das necessidades e dos custos do mercado global.
Relatório Semanal — Açúcar
Escrito por: Lívea Coda
livea.coda@hedgepointglobal.com
Revisado por: Victor Arduin
victor.arduin@hedgepointglobal.com
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