Relatório Semanal de Café - 2023 11 10

Neste relatório, revisaremos as últimas atualizações na safra brasileira de 24/25. Com foco nas principais regiões, destacaremos os ajustes em Sul de Minas Gerais, Zona da Mata e Espírito Santo.

SMG mostra maior uniformidade nas chuvas nas cidades analisadas, com uma dispersão média de 4% entre os três pontos. No entanto, apesar da melhoria na precipitação (com acumulado acima da média, indicando progresso em relação aos últimos 3 anos), outros fatores impactaram o crescimento do volume de produção na região (Apêndice I).

Com níveis semelhantes aos de 2020, principalmente na segunda metade do ano, 2023 registra temperaturas médias mais altas no Sul de Minas. Isso afetou a cobertura foliar, abaixo do nível adequado, e, consequentemente, impactou a produtividade. Portanto, nossa estimativa para a região foi alterada de 19,35M sacas para 17,93M sacas (dentro da faixa de 17,22M sacas).

Ao contrário de SMG, a Zona da Mata mostrou maior dispersão de chuvas entre os pontos analisados (Apêndice II). A região também registrou temperaturas diárias mais altas, embora não em níveis recordes em todas as áreas, como observado no Sul de Minas. Boa cobertura foliar também contribuiu para proteção contra danos mais significativos.

Portanto, ajustamos os números da Zona da Mata, mais próximas à faixa superior das estimativas, passando de 8,4M sacas para 9,93M sacas.

Regiões específicas contribuem para a dispersão das chuvas no Espírito Santo (Apêndice III), mas a perspectiva geral é otimista.

Apesar do volume acumulado abaixo da média em algumas áreas, especialmente após os volumes registrados em outubro, a não uniformidade das chuvas atualmente não representa uma ameaça à produção deste ano.

O cenário de temperatura no Espírito Santo está acima da média, mas não apresenta riscos imediatos. Ficando aquém dos recordes nos dados históricos de 20 anos, as regiões estão experimentando temperaturas mais altas - resultado do El Niño, como em outras áreas - mas não há ameaças imediatas à produtividade no momento.

Consequentemente, o número foi revisado para cima, para 22,91 milhões de sacas (incluindo arábica e conilon).

Ao lado de outros ajustes menores, nossa estimativa para o arábica na safra 24/25 passou de 47,63M sacas para 48,31M sacas, e o conilon de 23,28M sacas para 25,93M sacas.

Como resultado, com a revisão dos números do Brasil, a perspectiva de Oferta e Demanda (O&D) deverá mostrar um superávit. O ponto médio do balanço global mudou de -1,03 milhão de sacas para +3,38 milhões de sacas em 24/25, com potencial para atingir 6,38 milhões de sacas na faixa superior das estimativas, considerando uma revisão da produção total de 180,5 milhões de sacas para 184,9 milhões de sacas.