O Brasil é outro país que também vem consolidando sua posição no comércio internacional de petróleo. No ano passado, os dados mostraram um aumento de 4% em suas operações de produção offshore e de 68,3% nas exportações de petróleo bruto. Este ano, as exportações de petróleo já cresceram mais de 15% em relação ao mesmo período do ano passado e devem registrar o maior volume de exportações da história do país, superando até 2022, que detinha o recorde anterior.
A atual conjuntura de mudança na cadeia energética mundial abriu oportunidades para novos players, e o Brasil tem aproveitado esse cenário para aumentar sua presença no mercado internacional. O país tem feito fortes investimentos em navios flutuantes de produção, armazenamento e descarga.

O volume recorde na produção de petróleo nos Estados Unidos foi possibilitado pela maior produtividade das perfuradoras atuais do país. Embora o mercado esteja discutindo a possibilidade de um corte nas taxas de juros no início do próximo ano nos Estados Unidos, os discursos mais hawkish (mais inclinados a apertar a política monetária) das autoridades monetárias norte-americanas e os riscos inflacionários que podem levar a aumentos nas taxas de juros devem manter os preços do petróleo nos níveis atuais.
As restrições na oferta de petróleo bruto após a invasão da Ucrânia pela Rússia e os recentes cortes na produção por parte dos países da OPEP criaram um cenário positivo para os produtores de outros países. O Brasil está entre os países que se beneficiaram com a reconfiguração da cadeia de suprimentos e o aumento de suas exportações de petróleo bruto. O país registrou um recorde de exportação de petróleo em 2022 e, neste ano, as perspectivas são ainda melhores, aumentando sua importância na oferta mundial de energia.