Os riscos geopolíticos no Oriente Médio impulsionaram o mercado de petróleo na semana seguinte ao ataque do Hamas a Israel, com os principais indicadores registrando ganhos. No entanto, à medida que as expectativas de uma escalada no conflito diminuíram, o petróleo tem declinado nos últimos dias, pressionado por preocupações com uma demanda menor e pela antecipação de sinais a serem dados pelo Federal Reserve (Fed) em sua próxima reunião.
A inflação continua alta nos Estados Unidos, apesar de estar significativamente melhor do que no ano passado. A batalha contra os preços elevados está em andamento e pode resultar em dois cenários: taxas de juros mais altas por um período mais longo ou até mesmo uma pequena recessão. Ambas as possibilidades têm o potencial de promover um sentimento baixista no complexo de energia para o ano que vem.

Com apenas alguns dias restantes até a próxima reunião do Fed em 31 de outubro e 1 de novembro, o mercado está procedendo com cautela. As expectativas são de que as taxas de juros sejam mantidas no nível atual de 5,25% a 5,50%. No entanto, mesmo sem esperar mudanças, o mercado se ancorará nas pistas que podem ser dadas no discurso sobre decisões futuras sobre as taxas de juros.
Por outro lado, os riscos geopolíticos que inicialmente aumentaram os prêmios dos principais benchmarks de petróleo diminuíram desde então, à medida que a probabilidade de uma escalada no conflito entre Israel e o Hamas parece estar diminuindo, embora o risco permaneça.
Taxas de juros elevadas e a falta de interrupções significativas no fornecimento provavelmente limitarão o suporte para um aumento no preço da gasolina, à medida que preocupações sobre um menor consumo prevalecem no mercado. Outros produtos refinados, como diesel e óleo de aquecimento, podem se destacar em um ambiente de oferta restrita e alta demanda.