
Relatório Semanal Macroeconomia - 2024 06 21
Mesmo com unanimidade no Copom, fiscal segue pesando sobre o BRL
- A manutenção unânime da taxa de juros e o comunicado pós-reunião – realizada na última quarta-feira (19) – sugerem que o Banco Central do Brasil (BCB) pode deixar a Selic como está por mais tempo do que os analistas esperam.
- Entendemos que o comunicado do BCB foi menos hawkish do que os mercados esperavam, o que pode pesar sobre a moeda. Adicionalmente, o mercado tem reagido negativamente às medidas e notícias advindas da política fiscal, desancorando as expectativas com relação à estabilidade da dívida pública brasileira.
- Soma-se a isso um movimento de valorização do dólar no cenário internacional e movimentos de aceleração da inflação e desaceleração da atividade econômica no cenário interno, contribuindo para uma visão negativa para o BRL nos próximos meses – mesmo considerando a já forte desvalorização observada em 2024.
Introdução
A manutenção unânime da taxa de juros e o comunicado pós-reunião – realizada na última quarta-feira (19) – sugerem que o Banco Central do Brasil (BCB) pode deixar a Selic como está por mais tempo do que os analistas esperam. Ao mesmo tempo, isso não indica que os formuladores de políticas estejam considerando os aumentos de taxas que estavam precificados na curva de juros.
Entendemos que o comunicado do BCB foi menos hawkish do que os mercados esperavam, o que pode pesar sobre a moeda. Adicionalmente, o mercado tem reagido negativamente às medidas e notícias advindas da política fiscal, desancorando as expectativas com relação à estabilidade da dívida pública brasileira. Dados recentes da atividade e inflação também aumentam a negatividade com relação à moeda brasileira. Neste relatório iremos abordar esses temas e atualizar nossa visão para o BRL.

Fonte: Refinitiv

Fonte: Bloomberg
Unanimidade reduz riscos de mudanças na política monetária
Os mercados receberam positivamente a unidade em torno da decisão e da declaração - a curva de rendimentos apagou alguns dos aumentos de juros que estavam precificados antes da reunião. Ainda assim, entendemos que isso não será suficiente para controlar as expectativas de inflação.

Fonte: Bloomberg
Inflação e atividade preocupam
Com relação à atividade, o IBC-Br ficou estável em Abril na comparação com Março, contra uma estimativa de consenso de crescimento de 0,3%, reforçando a visão de que a economia brasileira está desacelerando. A manutenção da política monetária restritiva e os impactos das enchentes no Sul do País devem contribuir para a manutenção dessa tendência.

Fonte: IBGE
Trajetória da dívida pública preocupa

Fonte: Refinitiv
Em Resumo
Relatório Semanal — Macro
Escrito por Alef Dias
alef.dias@hedgepointglobal.com
Revisado por Victor Arduin
victor.arduin@hedgepointglobal.com
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